MOINHO
Seh M. Pereira
.
.
.
.
E mesmo sendo a
gira..! Ou mesmo não sendo um
gorado do meu próprio novelo.. Sendo a roca
viva, e
.
o eixo enferrujado dos ponteiros pelo gota a gota do
tempo.. Ou até
mesmo, também, não sendo
minha estufa, e olhos abertos; conheço meus
sóis. O
sendo, sou eu..
.
.
Não sou eu, o semideus que corta as
deixas, mas sou eu que decide ao chão-cru..! Sou eu que
decide se corto as deixas, ou corto o meu semideus e desfaço a véspera: o
decide,
.
.
sou eu.. Os outros gorados de mim são tão
nato, quanto o
nato que me leva ao centro
de
.
minha vida: o tão, sou eu..! Carrego o silêncio que vaza pelos corredores de
si próprio; mas não me engana pois o
mundo vai estar lá, e ela pulsa: o pulsa, sou eu.. Sou eu, o
mundo ao entrar no
chão-cru, e minha certeza sobre os meus pés é
que não dá para voltar.. De lã em
lã,
.
.
às vezes me aplaudo..! Às
vezes
.
.
silencio.. Sou eu, os inúmeros natos que
ensaiam seus não-ditos ao mesmo tempo sem que um
destextualize o outro.. Sou
eu,
.
os inúmeros.. Os sóis sobre mim foram feitos para permanecerem
apagados, mas faço a desfeita e
.
aplaudo-me: mesmo
antes do parto começar.. Atravesso as horas, enquanto
ensaio os monólogos que me
complementam e o ensaio para..! Questiono-me se
realmente
.
meus outros eus deveriam ter parado; pois
.
.
sou eu, o mundo..! Sou eu, o
enquanto. Sou eu, os
complementam..! Sou eu, o não para.. Sou eu, o
ruido do eixo que
nada mais
é
do que a ferrugem do gota a gota do tempo.. Sou eu, quando me aplaudo!..
.
.
.
domingo, 12 de julho de 2015
Assinar:
Postagens (Atom)