quinta-feira, 23 de junho de 2016


COMBURENTE
Seh M. Pereira

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Na
massagem
nos pés

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que

tranquiliza,

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e te
vira do
avesso; fui

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as unhas
que

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lamberam suas
coxas,
e te trepidou o
alicerce; a
língua

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que expandiu o
mapa-mundi
de sua

.
vulva; o côncavo

.
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da árvore
de

.
suas costas, pela

rédea

.
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dos seu
cabelo

desgrenhado;

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tentando
engolir no
amor

.
.
a paz

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dos
escândalos; o

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desemboco
do sim..
.
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DESAS_SOSSEGO
Seh M. Pereira

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A gastura
dos
sapatos

apropria-me; e
permito

que

.
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leve-me, até

determinado
ponto - agradeço
a acolhida, e

despeço-me;

.
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sou um

agora

.
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no enrosco

dos
dedos
da espera.. Peço

licença

.
para
adentrar
em

corações.. O
ponto
que

mais me

atrai

.
é o de
interrogação. No

regresso,

.
.
reapropria

meus
pés

descalços; e

que o proprietário
me ajude

na volta..

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Deixo
um pouco de
mim, e

se permitir,
levo

.
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um pouco de ti..

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domingo, 12 de junho de 2016






DÚBIO
Seh M. Pereira
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Ovacionada de
sentidos dúbios.. Refúgio de luas,
girassóis e gira mundo..! Da púrpura. Da esfera
em
.

detrimento de lugar seguro..! Da rosa dos ventos e
lágrimas: maremoto. Expondo o cio
e o deleite..! Na epiderme
da
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alma perfumada - aplaudo!..
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PERÍFRASE
Seh M. Pereira
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Adentro no seu mar de saliva
morna, e desvendo

a língua
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de todo seu dialeto..
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domingo, 5 de junho de 2016


PRENHO
Seh M. Pereira
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E desenterrei ao
pé da
árvore, de minha infância, meu velho par de
sapatos.. E
no meu pneu-de-balanço carrego
todos os meus eus, e

este
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que me veste agora; ou,
aquele que, já não me veste mas ainda me
encontro.. Aperto
.
.

o passo, e os
ponteiros insistem em me dar
voltas.. E desenterrei
ao pé da árvore, de minha infância, os
passos que

deixei
.

pelo caminho; deixo partir aquele que já não me
veste, mas sem perdê-lo de
vista. O eixo, dos ponteiros, que não
segue seu destino em
ser ferrugem.. O
.

nome que carrega em sua
certidão de idade
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é que reajo, no gota a gota do tempo..

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