domingo, 12 de julho de 2015

MOINHO
Seh M. Pereira
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E mesmo sendo a
gira..! Ou mesmo não sendo um
gorado do meu próprio novelo.. Sendo a roca
viva, e
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o eixo enferrujado dos ponteiros pelo gota a gota do
tempo.. Ou até
mesmo, também, não sendo
minha estufa, e olhos abertos; conheço meus
sóis. O

sendo, sou eu..
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Não sou eu, o semideus que corta as
deixas, mas sou eu que decide ao chão-cru..! Sou eu que
decide se corto as deixas, ou corto o meu semideus e desfaço a véspera: o

decide,
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sou eu.. Os outros gorados de mim são tão
nato, quanto o
nato que me leva ao centro

de
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minha vida: o tão, sou eu..! Carrego o silêncio que vaza pelos corredores de
si próprio; mas não me engana pois o
mundo vai estar lá, e ela pulsa: o pulsa, sou eu.. Sou eu, o
mundo ao entrar no
chão-cru, e minha certeza sobre os meus pés é
que não dá para voltar.. De lã em

lã,
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às vezes me aplaudo..! Às
vezes
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silencio.. Sou eu, os inúmeros natos que
ensaiam seus não-ditos ao mesmo tempo sem que um
destextualize o outro.. Sou

eu,
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os inúmeros.. Os sóis sobre mim foram feitos para permanecerem
apagados, mas faço a desfeita e
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aplaudo-me: mesmo
antes do parto começar.. Atravesso as horas, enquanto
ensaio os monólogos que me
complementam e o ensaio para..! Questiono-me se
realmente
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meus outros eus deveriam ter parado; pois
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sou eu, o mundo..! Sou eu, o
enquanto. Sou eu, os
complementam..! Sou eu, o não para.. Sou eu, o
ruido do eixo que
nada mais
é

do que a ferrugem do gota a gota do tempo.. Sou eu, quando me aplaudo!..
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QUIÇÁ
Seh M. Pereira
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Só durmo com
cão que
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não

tenha sarna,
mesmo se for o dos diabos..!
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quinta-feira, 9 de julho de 2015



ZIGOTO
Seh M. Pereira
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Talvez a poesia seja

este
pipa que acabou de cair na
minha laje, agora
que

estou

velhinho..
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