LÃ
Seh M. Pereira
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E
do sangue
que benzia-lhe as
pernas, a cura; da roca-viva, os
giros dos ponteiros. Das
contrações de
um
quarto-gestante.. Do
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enovelamento, não como os
outros
emaranhados de
linhas descontínuas que me silenciam.. Grito
tudo
sem saber o
que deve ser adiado, mas
às vezes tento
não
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impacientar tudo que
acredito.. Conservo os nós que me une
aos cordões umbilicais, e tento
reapropriar-me
dos
meus
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passos deixados.. Conservo em mim, a
fé de minha
Maria;
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avó,
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fiandeira do meu tempo.. Virgem de
milagres. Às vezes permaneço adiado nos vãos que se
anunciam através da
incompletude das linhas tracejadas, e me
propõem preenchimento.. Tento ter
mais pressa que os ponteiros
que continuam dando-me
giros, mas
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às vezes
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permaneço vão.. Vãos de uma
linha tracejada que me
propõem preenchimento; do sangue que benzia-lhe as
pernas, a
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cura; roca-viva, os
giros dos
ponteiros; minha fiandeira do
.
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tempo.. Tendo a um
só santo
etiqueta, mas às vezes este de
casa se torna a
minha própria ordem de
.
despejo.. Às
vezes tento conservar o meu
resto de grito; às vezes
tento
a
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paciência de falar de milagres que
não cheguei a ver. Às
vezes tento me
aproximar dos meus outros
natos, lã a
lã.. Dos
meus
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ditos, ou silêncio,
nada têm de
definitivo.. Permaneço no mudo-raso, ou
concepção, do meu velho par de
sapatos que reaprendem a
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gastura..
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