sexta-feira, 5 de setembro de 2014

SARRAF





Seh M. Pereira
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Descortino os olhos 
das lágrimas que
os cobriam; 
 


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e uma velha
nova

estação ressurge.. Cada mão,
um alvo; cada

alvo, um
apedrejo; cada
apedrejo, 



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um santo..

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Cada flor, um
despetalamento; cada
pétala, uma
interrogação; cada
ponto, um reza..
 


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E uma nova
velha
estação, lentamente,
esvai-se; 
 


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seguro as imagens
na retina

para que não fujam..

Ajoelho-me onde
os galhos
jazem, 


e rezo.. 

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Ouço as vozes do
vento
erguidas num canto erudito; flores
pegajosas de sangue
expõem a
ferida do corte..
 


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Galhos se
desprendem
das árvores

despidos de força..
 


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Afundo os pés
nas folhas secas que
atapetam o chão,

e sufoco-os 



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até a morte.. 
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