sexta-feira, 13 de março de 2015

ENSEJO
Seh M. Pereira
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.. como um poeta revisitando os corações..
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No inquieto das mãos
me escondo..
Na odisséia do duo
eu amadureço!..
No enrosco dos dedos
eu espero..!
Na exceção da regra
me abstraio..
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No defronte do espelho
me revejo..
No decerto do tento
eu aprendo..!
Na recusa do direito
eu argumento!..
No ensejo do inacabado
eu finalizo.
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.. como um poeta revisitando os corações..
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No desconserto do não
eu persisto..!
No silêncio do noturno
me dispo..
No direito do açoite
me perdôo..
No desconforto da rotina
eu fujo!..
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No contraponto da balança
me avalio..
No inverso do ócio
me vejo..
No desassossego do cio
me acho..!
No enlaço das pernas
me jogo..
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.. como um poeta revisitando os corações..
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No desprezo do zero
eu recomeço.
No contradizer do juízo
eu brigo..
No encalço do infinito
me busco..!
No insano dos lençóis
me encontro..
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No inquieto do deleite
me perco..
No efêmero do agora
me inspiro..!
No ensejo do reencontro
me permito.
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.. no mais,
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até mesmo da mesmice, sempre vem a
novidade; como um
pintor salpicando tinta na tela..
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No repente das paixões,
me tento..!
No desarranjo das canções,
me ouço..
No embaraço da cena,
eu improviso.
No contratempo do tom,
eu canto..
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Na disritmia do coração
me proponho..
No ensejo do reencontro
me permito..!
Na intempérie do tempo
eu cresço.
No descompasso da dança
me arrisco..!
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No acaso do amor
me entrego!..
No inerte do diurno
me renego..!
No contento do riso
me visito!..
No avesso dos ponteiros
me dito..
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