NAFTALINA
Seh M. Pereira
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seu nome
não foi
feito pra ficar, na gaveta, guardado.. tirei
o bordado da naftalina..
dei os
nós, e
no laço da fita rendo-me..
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e eu aqui
com
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essas minhas inúmeras
mãos, de dedos em figa..
e eu
aqui, com esses
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vários
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e vários detrás dos
pés, e a gira dos ponteiros que
continuam
dando-me voltas..
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e eu aqui
feito
um eixo que segue seu
destino em ser
ferrugem, mas não
paro..
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e nato;
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nato, nato..
é ao seu nome que
reajo
em todos os meus partos..
descosturei seu
.
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nome na
boca
do sapo, e
adentrrei
o céu..
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e eu aqui
carregando sobre os
pulsos, inúmeros nós nas fitas
com seu nome
bordado..
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seu nome não foi
feito pra ficar, na gaveta, guardado.. tirei o
bordado da naftalina..
dei
os nós, e no laço da fita rendo-me..
.
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e eu aqui
trocando confidências com meu
espelho-falado; e gotas
do mudo-raso
.
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de minhas crenças.. e eu
aqui com
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meu joelho-vesgo;
rezando ao meu, e ao santo
de sua casa..
e parto;
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é ao seu
nome
que
reajo aos
meus
.
natos..
.
.
descosturei seu
nome na
boca do sapo, e adentrei
o céu..
.
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