sexta-feira, 5 de junho de 2015

NAFTALINA
Seh M. Pereira
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seu nome

não foi
feito pra ficar, na gaveta, guardado.. tirei
o bordado da naftalina..
dei os

nós, e
no laço da fita rendo-me..
.
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e eu aqui
com
.

essas minhas inúmeras
mãos, de dedos em figa..
e eu

aqui, com esses
.
.

vários
.

e vários detrás dos
pés, e a gira dos ponteiros que
continuam

dando-me voltas..
.

e eu aqui
feito

um eixo que segue seu
destino em ser
ferrugem, mas não
paro..
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e nato;
.

nato, nato..

é ao seu nome que
reajo
em todos os meus partos..
descosturei seu
.
.

nome na
boca
do sapo, e
adentrrei
o céu..
.
.

e eu aqui

carregando sobre os
pulsos, inúmeros nós nas fitas
com seu nome
bordado..
.

.
.

seu nome não foi
feito pra ficar, na gaveta, guardado.. tirei o
bordado da naftalina..
dei

os nós, e no laço da fita rendo-me..
.
.

e eu aqui

trocando confidências com meu
espelho-falado; e gotas
do mudo-raso
.
.

de minhas crenças.. e eu
aqui com
.

meu joelho-vesgo;
rezando ao meu, e ao santo
de sua casa..
e parto;
.
.

é ao seu
nome
que
reajo aos
meus
.

natos..
.
.

descosturei seu
nome na
boca do sapo, e adentrei

o céu..
.
.
.

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